Origem: Cerrado e Amazônia
Também chamada de pimenta-de-bugre, pindaíba, bananinha, entre outros, a pimenta-de-macaco tem esse nome popular, provavelmente por ser consumida por macacos ainda verde.
É a semente de uma árvore presente no Cerrado e com algumas ocorrências na Amazônia, muito utilizada para o reflorestamento. Foi empregada como condimento pelos portugueses no começo da colonização do Brasil, mas caiu em desuso com a chegada da pimenta-do-reino.

Locais identificados de ocorrência natural de pimenta-de-macaco no Brasil

Pimenta-de-macaco imatura na árvore. Foto: Francisco C. Martins
Na medicina popular, faz-se chá com a pimenta-de-macaco, sendo empregado como energizante, afrodisíaco e na redução dos gases intestinais.
Sabor e aroma:
Como o nome científico já diz, a Xylopia aromatica é bem aromática, com notas amadeiradas delicadas, semelhantes às da pimenta-do-reino. O sabor é resinoso, porém menos picante. Por mais que leve pimenta no nome, não faz parte do grupo das pimentas ardidas do gênero Capsicum.
Como usar:
É boa para substituir a pimenta-do-reino e a noz-moscada em qualquer receita, seja salgada ou doce. Podem ser usadas tanto as sementinhas que ficam na parte interna, quanto a casca.
Você pode ralar, triturar ou macerar para temperar feijão, legumes, cozidos e molhos, de preferência no final do preparo. Outra ideia é triturar com sal e colocar em pasta de alho, mantendo na geladeira como tempero pronto para refogados.

Pimenta-de-macaco ralada
Hoje é possível encontrar a pimenta-de-macaco já processada, em pó, o que é bem mais prático, porém perde o aroma rapidamente.
Em doces, pode ser feita uma infusão para perfumar o leite e ser usado em arroz doce, doce de leite, pudins e bolos. Já a infusão em água pode ser usada em caldas, compotas e licores. Também pode ser misturada com outras especiarias para aromatizar sobremesas.